Abaixo minha opinião sobre o assunto.
Bueno, acredito que pré-julgar esta comissão sem ao menos dar-lhe a chance de errar, é no mínimo falta de visão, quem sabe esteja na hora de ampliarmos nossa visão de mundo – deixar um pouco o umbigo e olhar para fora. Afinal, todos os festivais no RS têm jurados rio-grandenses, pq nós aqui temos que ser diferentes. Que bom se em Livramento ganhe um Santanense, que em São Gabriel ganhe um gabrielense...isso não seria bom? Mas não quero aqui reafirmar o que o Bugiu já destacou.
Gostaria de ressaltar o fato de que aqui todos os músicos(compositores, interpretes,instrumentistas e jurados)receberam em Dinheiro suas ajudas de custo e premiações- ninguém saiu daqui com cheque. A comissão disponibiliza hospedagem e café da manhã. Como o próprio nome já diz é oferecido um valor como “ajuda de custo”, e não cachês para suas apresentações. Sim, Luiz Marenco desceu do palco e criticou o festival, mas alguém se importou em saber que este não esteve presente na passagem de som, por exemplo- e nesta edição juntamente com Carlos Omar voltará a Lages para julgar o festival. A triagem este ano será aberta, e quem desconfia ou tem curiosidade poderá assistir, um fato que deve ser destacado é que o júri não pode triar o que não existe, portanto quem não mandar não poderá dizer que não se classificou. Quero parabenizar o Roberto Borges pela coragem de assumir publicamente suas queixas, muito se fala nos bastidores, mas raras são as pessoas que têm hombridade para declarar suas opiniões. E quanto a exportação de folclore eu diria que não é bem assim, RS importa já a começar pela própria palavra “gaucho”. E no mas se formos levar para questões de protecionismo, voltamos a Califórnia e para tanto o único festival verdadeiramente rio grandense será o Ronco do Bugio em São Francisco de Paula/RS. A cultura da qual falamos, brigamos e defendemos está além de qualquer fronteira, não nos decresce sermos catarinenses como não os engradece serem rio grandenses do sul já que todos nós nos remetemos ao “gaucho” da pampa argentina(de onde vem o Cavalo Crioulo – junto com o Chile nas duas vertentes Cardal e Cinco Salsos), uruguaia, paraguaia, chilena ...
Enfim, a nossa cultura é uma costura de varias origens e histórias na mistura de colonizadores e colonizados. Não podemos todos, aqui ou no Japão (sim, há CTG lá tbém) cultivarmos, defendermos a história comum de nossas origens? ?
Quanto a Sapecada, vejo que serve justamente para isto e não para discussões inglórias quanto a quem receberá as premiações. Graças a Deus meus avós tropeiros resolveram fixar-se no SANTO chão.....
Só para constar:
1. Lages não tem praia, localiza-se na serra catarinense, na área central(muitos em minhas viagens ao RS tinham essa curiosidade).
2. Apaisanado (Anomar Danúbio/Cesar Oliveira) foi vencedora da 11ª Sapecada da Canção, classificou-se para a Califórnia do mesmo ano.
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