sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Família Bohrer

Gaita, violão e violino, mais a voz e forma-se a harmonia de música e canto em ritmo campeiro de chamamé, de nativismo e de dança de salão.
Em torno de tantos instrumentos musicais, cinco membros de uma mesma família cumprem a missão missioneira de tocar e cantar, de transmitir cultura e de fazer da música forma alegre de comunicação. Romualdo, Romualdinho, Bernardo, Letícia e Pery, todos Bohrer vocacionados para a arte da harmonia da música e do canto.
Todos os filhos de Romualdo Bohrer começaram cedo nessa arte, estimulados pelo pai. Romualdinho, hoje com 25 anos de idade, começou a tocar gaita ponto quando tinha 14 anos. É o primeiro gaiteiro da Família Bohrer, de gaita cromática e ponto. A preferência é porque a gaita ponto agrada mais a esse gaiteiro, professor de gaita ponto.
Como a gaita ponto tem só oito notas naturais, Romualdinho decidiu-se também pela gaita cromática, que exige mais estudo, mas tem escala musical completa, mesmo a chamada "gaita piano" sendo mais fácil de tocar, segundo o gaiteiro que começou na música com teclado.
O grupo de gaita, dois violões e contrabaixo tem repertório baseado no estilo missioneiro, influenciado por região de origem, a Missioneira. Mas, o repertório contempla todos os ritmos gauchescos, da vanera ao chamamé, da rancheira ao xote, passando pelo bugiu e vanerão.
Entre tantos estilos que "gaudereiam" pelos pagos sulinos está o que tem raízes fincadas e perpetuadas pelo gaiteiro Tio Bilia, missioneiro que teve, sempre, a gaita por companheira e que fez escola com esse instrumento. "Esse foi um pioneiro que ajudou a expandir a gaita ponto", opina Romualdinho.
É difícil viver da música, várias são as implicações nesse sentido, caso da valorização que ainda não atingiu o ponto desejado. Um motivo que dificulta ao músico viver de sua arte é a concorrência. "Há muito músico bom", na opinião do Bohrer que herdou o nome do pai dele. Além disso, na relação oferta e procura, a oferta também é grande".
Romualdo, o pai dos quatro filhos músicos, fala com alegria da arte que contagiou sua descendência. "Uma bênção", diz referindo-se à união da família dele em torno da música. "Primeiro Deus, depois a vocação de meus filhos aliada à influência e ao estímulo do pai dos Bohrer, violonista e cantor ao lado dos filhos gaiteiros e violonistas e da filha violinista, observa Romualdo.


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